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28.06.2012 

 

 

 

 


História dos Mamonas Assassinas
História dos Mamonas Assassinas

 

                                                      (História deles)

Estávamos no ano de 1995 e já fazia um bom tempo que o Rock não era mais a sensação do momento. Mas cinco rapazes viriam a mudar o cenário musical da época. Numa carreira meteórica, nunca uma banda fez tanto sucesso em tão pouco tempo. Os Mamonas Assassinas foram responsáveis por uma das maiores vendagens de disco no Brasil. Em um espaço curto de tempo venderam mais de 1 milhão de cópias e alcançaram um sucesso estrondoso.

Antes da fama, Julio Rasec, Bento Hinoto e os irmãos Samuel Reoli e Sérgio Reoli, formavam em Guarulhos - SP, uma banda chamada Utopia especializada em covers de Rush e Legião Urbana. Durante uma apresentação num ginásio da cidade o público pediu para que fizessem um cover da banda Guns N'Roses. Como nenhum deles sabia a letra, chamaram alguém da platéia para subir ao palco e cantar. Um rapaz que atendia por Dinho se apresentou, mas ele também não sabia a letra da música. Levou o público às gargalhadas com as palhaçadas que fez, com isso acabou sendo convidado a fazer parte da banda.

A Utopia passou a fazer apresentações periódicas pela cidade de São Paulo. Participaram de programas televisivos regionais e chegaram até a gravar um disco que não vendeu mais que cem cópias. O Utopia se caracterizava pela seriedade de suas músicas, mas como não conseguiram alcançar o sucesso esperado decidiram investir numa mudança radical. Não foi uma tarefa difícil, pois todos já tinham por natureza um espírito brincalhão e também já tinham escrito diversas músicas com letras engraçadas para brincar com amigos e parentes.

A primeira providência foi modificar o nome da banda. Entre opções como Os Cangaceiros De Teu Pai, Coraçõezinhos Apertados, Uma Rapa de Zé e Tangas Vermelhas, acabaram escolhendo Mamonas Assassinas, pois segundo o vocalista foi o nome que mais os fez rir. Engana-se quem pensa que o nome foi inspirado naquelas famosas frutinhas verdes e espinhentas. Na verdade o nome significava seios grandes como pode ser identificado no nome em inglês que criaram para a banda: The Killer Big Breasts.

Gravaram uma fita demo e enviaram para diversas gravadoras. De início foram rejeitados por todas, mas Rafael Soares, amigo da banda, baterista do grupo Baba Cósmica, era filho do diretor artístico da EMI-Odeon, João Augusto Soares, e foi através dele que João conheceu o som dos Mamonas e resolveu investir naquele grupo irreverente. Assinaram contrato e em Abril de 95 lançaram o primeiro e único disco auto-intitulado, onde as piadinhas estavam incluídas das músicas até os agradecimentos no encarte.

Com o trabalho de uma assessora de imprensa contratada pelo empresário do grupo (e praticamente o sexto Mamona) Rick Bonadio, fizeram sua primeira aparição para o Brasil no programa Jô Soares Onze e Meia. A partir daí o sucesso foi inevitável. O disco começou a vender como água devido ao sucesso da faixa "Vira-Vira", uma música que conta as aventuras sexuais de um casal português numa paródia do cantor, também português, Roberto Leal.

Essa foi a primeira música a estourar, mas não demorou muito para que todas as faixas do disco estivessem na boca de todos. "Pelados em Santos", "Chopis Centis", "Mundo Animal", "Robocop Gay", "Sábado de Sol", entre outras eram executadas a exaustão nas rádios de todo o Brasil. Em diversas músicas Dinho fazia imitações perfeitas de famosos cantores brasileiros, como Belchior na faixa "Uma Arlinda Mulher".

Eram em média cinco shows por semana, estavam nas capas das revistas mais importantes do Brasil e as apresentações em programas de televisão se tornaram freqüente. Claro que a crítica musical ficou horrorizada com o sucesso de uma banda como os Mamonas Assassinas. Eram tachados de ridículos e palhaços da música, mas o público não estava nem aí.

Com uma sonoridade pop/rock que em algumas canções misturavam diversos elementos de outros estilos musicais, passavam do hard rock ao heavy metal sem dificuldades. Arranjos criativos, letras escrachadas e divertidas conquistaram jovens, adultos, idosos e crianças.

Mas um acidente fatídico viria a interromper a carreira dos jovens de Guarulhos. Em 2 de Março de 1996 a banda voltava de sua última apresentação no país, em Brasília, de onde partiriam para uma turnê em Portugal, quando o avião Learjet onde viajavam se chocou com a Serra da Cantareira em São Paulo.

Esse acontecimento chocou o Brasil. Não se via tanta tristeza no país deste a morte do piloto Ayrton Senna quase dois anos atrás. Milhões de pessoas acompanharam tudo pela TV, desde o resgate dos corpos até o enterro na cidade de Guarulhos. No velório foram milhares de pessoas se espremendo para dar o último adeus àqueles que haviam se tornado ídolos nacionais. Depois disso os Mamonas tiveram lançados bonecos, livros, cd-rom, álbum de figurinhas e uma coletânea com versões ao vivo de algumas músicas e faixas inéditas. Os Titãs chegaram a gravar um cover da música "Pelados em Santos" no álbum "As Dez Mais".

Até hoje críticos musicais e estudiosos da sociedade se perguntam como foi que um grupo como os Mamonas Assassinas alcançou tanto sucesso entre todas as faixas etárias e sociais da nossa população. Todos procuram uma explicação para a fama estrondosa que o grupo alcançou. Seria o estilo musical? Seriam as letras das músicas? Seria a irreverência de seus integrantes? Será que o povo estava precisando de alegria? Será que eram apenas uma moda passageira? Apenas se tornaram um mito devido ao acidente que interrompeu drasticamente suas vidas?! [...]

Irreverentes, os Mamonas Assassinas, talvez tenha sido a banda de mais sucesso na década de 90. A banda que era formada por: Dinho (vocal), Samuel Reoli (baixo), Júlio Rasec (teclado), Sérgio Reoli (bateria) e Bento Hinoto (teclado).

ENGANO DO PILOTO PROVOCOU TRAGÉDIA COM A BANDA ?!

No dia 2 de março de 1996, o piloto do avião que conduzia o grupo Mamonas Assassinas de Brasília para Guarulhos, na Grande São Paulo, se equivocou com as determinações da torre de comando do aeroporto e, em vez de fazer a curva para a direita, optou pela esquerda. 

A apenas dez quilômetros de Cumbica o piloto fez o Lear Jet se espatifar contra a Serra da Cantareira, na Zona Norte. Era o fim da banda que, em apenas oito meses, havia se transformado num fenômeno, vendendo 1,8 milhão de cópias. 

O vocalista Dinho, Samuel, Sérgio, Júlio e Bento, além do piloto, do co-piloto e de dois assistentes do grupo, morreram. As famílias de alguns integrantes do grupo entraram com processos na Justiça para tentar provar a culpa dos funcionários da torre de comando, mas o caso foi arquivado. 


DISCOS DO QUINTETO DE GUARULHOS SÃO VENDIDOS ATÉ HOJE 


Numa época em que as bailarinas do grupo baiano ¿É o Tchan¿ davam o tom nas tardes de domingo, o aparecimento de cinco malucos fantasiados tornava-se um alento para muita gente. Com suas letras engraçadas e um jeitão despretensioso, o Mamonas Assassinas fez a cabeça de fãs em todo o Brasil, principalmente da criançada. 

O sucesso foi tamanho, que até hoje eles vendem discos. Segundo a EMI, o único CD da banda, lançado em 1995, já vendeu mais de 2,5 milhões de cópias. A gravadora também estuda um novo projeto para lembrar o Mamonas, porém não revela os planos. 

A história da banda paulista começou de maneira discreta. O guitarrista japonês Bento, o tecladista Julio Rasec, e os irmãos Sérgio, baterista, e Samuel, baixista, deram os primeiros passos na música com um grupo chamado Utopia. O vocalista Dinho só uniu-se aos demais integrantes mais tarde. 

O início do grupo foi desolador, principalmente porque costumava tocar apenas covers de Rush e da Legião Urbana em suas apresentações. A banda lançou um disco que não vendeu nem 100 cópias. 

Aos poucos, o quinteto percebeu que as músicas escrachadas que compunham faziam mais sucesso entre os amigos. Decidiram, então, mudar o nome da banda para Mamonas Assassinas e gravaram uma demo. A fita foi parar nas mãos do filho de um diretor da EMI e o contrato para a gravação de um CD acabou sendo assinado em abril de 1995. 

Canções como ¿Pelados em Santos¿, ¿Robocop Gay¿, ¿Vira-Vira¿, ¿Mundo Animal¿ e ¿Sabão Crá-Crá¿ caíram no gosto do público e transformaram os meninos de Guarulhos em celebridades da noite para o dia. As apresentações na periferia ficaram para trás e eles começaram a se apresentar em programas de TV e a fazer shows em todo o Brasil. 

A agenda do grupo era disputada, e eles chegavam a fazer até cinco shows por semana. Tudo parecia correr bem. Mas um acidente selou a sorte dos garotos. E uma porção de brasileiros ficou órfã do humor do quinteto.

 

Mamonas Assassinas (Integrantes)

 

Membros
Todos nascidos em Guarulhos, São Paulo, exceto Dinho, baiano de Irecê.

* Dinho (Alecsander Alves) - vocal, nascido em 5 de março de 1971

* Samuel Reoli (Samuel Reis de Oliveira) - baixo, nascido em 11 de março de 1973

* Júlio Rasec (Júlio César Barbosa) - teclados, nascido em 4 de janeiro de 1968

* Sérgio Reoli (Sérgio Reis de Oliveira) - bateria, nascido em 30 de setembro de 1969

* Bento Hinoto (Alberto Hinoto) - guitarra, violão, nascido em 7 de agosto de 1970





Dinho



Nasceu em Irecê, Bahia e mudou-se com menos de 1 ano para Guarulhos. Autor da maioria das letras e campeão de cartas entre os meninos do grupo, prefere dizer que simplesmente é o mais visado porque o vocalista é quem aparece mais. Namora Valéria Zoppello. Dinho não fez nenhum experimento maluco na cabeleira "Não sinto necessidade de ter um visual diferente"
 

Bento



Caçula de uma família de 7 irmãos, faz questão de lembrar que Maurício, 27 anos, deu a maior força. "Ele sempre acreditou em mim." Namora Aninha e suspira quando fala nela "Sou apaixonado por ela." Sempre que possível ela me acompanha nos shows. Quando o assunto é seu cabelo maluco, ele reage: "Sou igual a todos os Japoneses, e todos têm recebido bem meu visual."
 

Samuel



O baixista é sempre o músico que fica mais escondidinho. Mas isso não é problema para Samuel. "Fico perto do Dinho, daí quando as luzes refletem nele eu acabo aparecendo." Diz que o pai influenciou o irmão, o irmão o influenciou e ele não influenciou ninguém...Não namora, apesar de ter muita menina dando em cima. "Tenho que aproveitar. Afinal, não bebo, não fumo, não cheiro, tenho que curtir outras coisas, né ?."
 


Sérgio
 

Ele foi o "mentor" do Utopia, grupo que originou o Mamonas Assassinas. Sempre curtiu música. Seu pai mesmo, já participou de uma dupla sertaneja. "Ele toca sanfona e violão". Namora Claudia há quatro anos. Sempre gostou de ouvir Rush, Red Hot Chilli Peppers, Titãs, Barão e Paralamas.
 

Júlio
 

É o mais velho do grupo e divide a parceria de algumas músicas do cd com Dinho. Quando deu entrevista, estava com os cachinhos vermelhos. "O cabelo colorido faz a cabeça do pessoal." Canta, tem três namoradas, mas por questão de segurança prefere não revelar o nome de nenhuma.